quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Embalagem ativa mantém alimentos frescos por mais tempo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/11/2010
Embalagem ativa mantém alimentos frescos por mais tempo
A análise microbiológica confirmou que as embalagens ativas destruíram com sucesso grande parte dos germes sobre a carne. [Imagem: Fraunhofer]
 
Cientistas do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, criaram uma embalagem antimicrobiana ativa, que permitirá que os alimentos fiquem armazenados muito mais tempo sem se deteriorarem.
Embalagens antimicrobianas
As embalagens antimicrobianas ativas foram recentemente autorizadas pela União Europeia, que agora permite que as embalagens incorporem compostos especificamente projetados para liberar substâncias nos alimentos armazenados.
Esse tipo de embalagem também já foi introduzida no Japão, onde prata, etanol e wasabi foram autorizados como ingredientes ativos.
"Isto significa que, em um contato direto, um agente antimicrobiano é liberado para a superfície do produto," explica Carolin Hauser, coordenadora da pesquisa. "A superfície é o principal ponto de ataque para os germes. Usando pequenas quantidades de agente ativo, a embalagem pode fornecer uma proteção eficaz aos alimentos."
Para atender à legislação dos diversos países, somente podem ser usados agentes ativos que cumpram as regras a que estão sujeitos os gêneros alimentícios - eles não devem ser tóxicos ou alergênicos e devem ser neutros em termos de aroma e sabor.
Além disso, do ponto de vista industrial, os agentes ativos devem ser facilmente incorporados na película da embalagem.
Ácido sórbico
Levando em conta todas estas considerações, Hauser acredita que o melhor composto antimicrobiano para uso em embalagens ativas é o ácido sórbico, que ela dissolveu em um verniz e depositou sobre o filme transparente que envolve o alimento.
Nos testes, a pesquisadora usou vários pedaços de lombo de porco. Um dia após o abate, ela contaminou cada um deles com cerca de 1.000 unidades formadoras de colônias da bactéria Escherichia coli.
A seguir, ela armazenou alguns pedaços em uma embalagem comum, e outros no seu novo filme ativo.
Depois de sete dias em um freezer industrial, a oito graus Celsius, diferenças bem claras já eram aparentes entre os diversos pacotes.
E a análise microbiológica confirmou que as embalagens ativas tinham destruído com sucesso grande parte dos germes sobre a carne: o número de bactérias de E. Coli sobre as peças era cerca de um quarto do número encontrado nas embalagens comuns.
"Depois de uma semana, a contagem total de germes na superfície [do produto] diminuiu significativamente em comparação com a carne embalada em película não-tratada. Isso indica que nosso filme ativo é adequado para manter o frescor - e, acima de tudo, a segurança - de preparados de carnes, queijos, filés de peixe e outras carnes frias," afirma Hauser.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Batata palha lidera ranking da gordura saturada

A popular batata palha, usada para complementar pratos como strogonoff e cachorro quente, tem o maior teor de gordura saturada entre os alimentos industrializados mais consumidos entre os brasileiros. Apenas em uma colher de sopa (porção de 25g), 20% pode ser pura gordura saturada, condenada por nutricionistas por aumentar o risco de problemas cardiovasculares. Por dia, o limite recomendado para consumo humano é de 22 gramas.

O resultado é de um estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que comparou a quantidade de gordura, sódio e açúcares em várias marcas de diversos alimentos processados.

No ranking da gordura saturada, a batata palha ganhou com folga: uma das nove marcas analisadas, não reveladas, concentrou 5,3 g do composto em uma porção de 25 g. O menor teor, de outra marca, tinha 2,4 g na mesma porção. Na média entre todas as fabricantes, o produto mostrou um teor de 3,8 g por porção.

Depois da batata palha, o produto com maior média de gordura saturada foi sua "prima", a batata frita, vendida congelada em pacotes. Na média, entre 28 marcas analisadas, o produto apresentou teor de 3,5 g por porção de 25g.

Outros produtos com quantidades consideráveis de gordura saturada analisados foram biscoitos recheado e salgado (média de 1,6 g numa porção de 30 g, equivalente a uma mão cheia), salgadinho de milho e biscoito de polvilho (1,2 g por porção).

O produto com maior variação na quantidade de gordura saturada foi o salgadinho de milho: entre as 29 marcas analisadas, houve diferença de até dez vezes na quantidade utilizada no produto.

Para Maria Cecília Brito, diretora da Anvisa que coordenou o estudo, as variações servem de alerta para o consumidor escolher melhor os produtos na hora de comprar. A recomendação é sempre consultar os rótulos e comparar os teores.

- Existem alguns alimentos iguais que são menos saudáveis. Podemos ter dois tipos de salgadinhos em que um contém muito mais sal ou gordura saturada.

Segundo a Anvisa, o resultado da pesquisa será encaminhado ao Ministério da Saúde. O objetivo inicial é pressionar as indústrias com recomendações para investir em tecnologia para diminuir os teores de gorduras e outros nutrientes nocivos nos alimentos. Caso não haja vontade de mudança, disse Brito, é possível aplicar punições.

- Nós podemos autuar, nós podemos interditar, podemos apreender, inutilizar. Mas com certeza, isso é para as empresas que não querem fazer, não é para as que não podem fazer. Nós vamos conversar muito ainda sobre isso.

O estudo completo está disponível no site da Anvisa.

Fonte: R7

domingo, 31 de outubro de 2010

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sábado, 16 de outubro de 2010

Barulho pode afetar sabor de comida

Alimentos parecem menos doces e salgados quando há som alto no ambiente

Uma pesquisa conduzida por cientistas holandeses e ingleses pode dar pistas sobre os motivos que fazem com que alimentos servidos durante voos comerciais sejam considerados sem gosto.
Segundo os cientistas, o barulho do ambiente pode interferir na percepção que as pessoas têm do sabor e da textura dos alimentos.
Para o estudo, publicado na revista científica "Food Quality and Preference", pessoas vendadas avaliaram os sabores doces e salgados e o aspecto crocante de pratos com e sem barulho ao fundo.
Elas também disseram o quanto gostaram ou não dos alimentos nas duas situações.
Os pesquisadores acreditam que os resultados do estudo podem ajudar a explicar o que leva a comida de avião a não ser apreciada por grande parte dos passageiros.
"Existe uma opinião geral de que comidas de avião não são 'fantásticas'", disse Andy Woods, um pesquisador dos laboratórios da Unilever e da Universidade de Manchester.
Woods afirmou que a pesquisa sobre a relação entre barulho e sabor foi a primeira no assunto e foi motivada pelo palpite sobre a comida servida nos voos.
"Tenho certeza que as companhias aéreas fazem o seu melhor - e por causa disso, começamos a nos perguntar se há outras razões pelas quais a comida não é tão boa. Uma das hipóteses foi a de que o barulho do avião tinha algum impacto", disse à BBC.
"A Nasa dá a seus astronautas alimentos com gosto muito forte, porque, por alguma razão, eles não conseguem sentir o gosto. Isso também pode ser por causa do barulho".
Mais crocante
Os 48 participantes do estudo comeram biscoitos doces e salgados enquanto escutavam barulho por fones de ouvido e em momentos silenciosos. Enquanto isso, eles marcaram a intensidade dos sabores e o gosto dos alimentos em uma escala.
O barulho usado na pesquisa foi o som branco, ruído que combina sons de todas as frequências.
Quando o barulho era alto, a intensidade dos gostos doce e salgado descritas pelos indivíduos foram menores do que na ausência de som.
No entanto, o som alto aumentou a sensação de "crocância" dos alimentos, que é transmitida por canais auditivos.
"Se o barulho de fundo é alto, nossa atenção pode se desviar da comida", explicou o pesquisador Andy Woods.
O estudo também sugere que a satisfação com a comida está relacionada com o quanto as pessoas gostam do que estão ouvindo. Os pesquisadores devem realizar novos experimentos sobre o assunto. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.